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O contador na Era da Informação

A profissão de contador existe há muito tempo. Registros remontam que essa atividade já era praticada há cerca de quatro mil anos, sendo que só no século XV é que surgiu a figura do contador propriamente dita, com o italiano Frei Luca Pacioli (1445-1517).

Para muitos, foi o pensamento sobre o ‘futuro’ que instigou os primeiros registros contábeis da humanidade, com o objetivo de conhecer suas reais possibilidades de consumo, de uso, de produção etc. Do Frei Pacioli para cá, não somente o profissional da contabilidade, mas o mundo mudou quase por completo.

O que nunca mudou de fato é a importância do conhecimento, que sempre teve papel decisivo na nossa evolução como sociedade, desde tempos antigos até hoje, o que chamamos de Era da Informação.

Afinal, o ato de registrar e contabilizar desde matérias-primas para produção até alimentos, pessoas, impostos, contas a pagar, recursos naturais, para citar alguns exemplos, não se perderá nunca, mas como temos visto ao longo dos anos precisará se adequar para acompanhar o surgimento de novos procedimentos, demandas e tecnologias - do ábaco até o computador com planilhas e sistemas de gestão.
 
Diante deste cenário, a profissão de contador é desafiada todos os dias a se reinventar em busca de maior eficiência, transparência e assertividade. E o conhecimento é peça-chave para obter sucesso neste admirável mundo novo, que nos bombardeia de informações e novidades a todo momento, em velocidade e volume cada vez maiores.

Só para ter uma ideia, no Brasil ocorre uma média de 53 mudanças nas normas tributárias todos os dias, de acordo com levantamento publicado este ano pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que o profissional da contabilidade precisa estar atento. Em um mês, isso soma cerca de 1.590 alterações. 
 
Só isso já demonstra um pouco da dinâmica da profissão. Agora, acrescente todas as demandas internas, no caso de uma empresa ou entidade pública, como prazos para entrega de balanços, pagamentos e pareceres financeiros, além de análises de auditoria e avaliações de perícia, por exemplo. 
 
A tecnologia tem sido outro catalisador de mudanças na vida do contador. Se antigamente, antes do advento dos telefones móveis e do computador, o livro-caixa e anotações feitas à mão eram fontes de informações sobre procedimentos fiscais, tributários e contas a pagar e receber, hoje temos na palma da mão ou em sistemas completos de gestão, os dados necessários para fechar um balanço financeiro ou realizar uma auditoria, sem sair de casa. 
 
Se por um lado o avanço tecnológico facilitou muito nossas vidas pessoal e profissional, ao mesmo tempo se tornou mais uma demanda que exige do contador especialização e conhecimentos específicos, como é o caso do Sistema Único e Integrado de Execução Orçamentária, Administração Financeira e Controle (Siafic), que se tornará obrigatório para todos os entes federativos a partir de 2023, e que tem por objetivo dar mais transparências aos órgãos públicos, bem como agilizar os processos internos de registro de informações dos municípios e estados.
 
Sem dúvida nenhuma, a profissão de contador desde 4 mil anos atrás até hoje está no meio de um turbilhão de transformações, que exige dos profissionais proatividade e uma busca constante por conhecimentos. O Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP), dispõe de meios para ajudar nessa jornada. 
 
A entidade disponibiliza palestras e workshops sobre os principais temas que cercam a área, além de atividades de educação continuada para quem quer se manter um eterno aprendiz dessa profissão que se mostra cada vez mais necessária para a construção do futuro que queremos. E as atividades são abertas para profissionais e estudantes de Contabilidade.