A estimativa é que o Brasil tenha deixado de arrecadar em 2020 entre R$400 a R$600 bilhões com tributos que deveriam ter sido pagos mas não foram, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (10) pela Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) em parceria com a consultoria McKinsey.
O valor perdido equivale a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Do total estimado, a evasão fiscal empresarial foi entre R$320 e R$420 bi e a não arrecadação de tributos associado ao trabalho irregular ficou entre R$140 e R$180 bi.
Avaliando pelos setores, a indústria foi quem mais deixou de pagar seus tributos (com valores entre R$105 bi e R$134 bi), seguido pelo varejo (de R$95 bi a R$125 bi) e pelos serviços financeiros (de R$85 bi a R$115 bi).
No levantamento, o IDV analisou que a alta carga tributária do Brasil com a complexidade de se manter formalizado fomenta essa evasão tributária e a não arrecadação.
A evasão fiscal é considerada como crime tributário no país, podendo pagar de duas a cinco vezes o valor do imposto sonegado e ainda pode atribuir penas reclusivas de seis meses a dois anos. Em casos mais graves, a pena pode ser aumentada para cinco anos.